À noite eu procuro-te, não nego. Ainda tento identificar o teu perfume por entre todos os outros aromas que me envolvem, ao longo das horas negras. Mas acostumei-me a não estares lá; a não te encontrar. Por vezes ainda conseguia desvendar pequenos rastos da tua presença, mas acabavam sempre por não me levar a lado nenhum. E se levavam, acabava sempre por me assustar e correr, como uma raposa em fuga, por entre os vários caminhos da tua alma., e acabei sempre perdida. E quando menos espero, cá estou eu de volta ao teu labirinto. E tu pareces gostar. E muito até. Mas o teu labirinto é lindo e encantador. Mas oh., consegue ser tão terrorífico e escuro. Escuro de mais para se ver. E ele é estranho, mas é belo. E acho que estou a ficar meia lunática. E a culpa é toda, toda, toda tua.